terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

É Mais ou Menos Isto.

Por vezes dá-nos aquela vontade de ir àquele restaurante que tem aquele prato que adoramos. Além de ser aquele o nosso prato favorito, que dificilmente será substituído por outro, a forma de aquele restaurante o confeccionar é única. E tem alturas em que não conseguimos parar de pensar naquela textura, naquele sabor e naquela satisfação que retiramos da comida.
 
Só que por vezes é-nos impossível ir àquele restaurante e o desespero por aquele prato favorito é tão grande que pensamos numa segunda alternativa. Ok, não será o mesmo restaurante mas por certo que o prato é o mesmo e, em sendo o mesmo, o seu sabor não será assim tão diferente.
 
E é assim que optamos por uma segunda alternativa. Com a idéia de que os sentidos não notarão a diferença ou tentando simplesmente enganá-los.
 
E mal entramos no restaurante de recurso sentimos que algo falta ali. E até as simples letras da ementa parecem avisar-nos que não, não será a mesma coisa. E depois ele é-nos apresentado. De uma forma completamente diferente da que desejávamos. Com um aroma totalmente diferente. Um aroma que quase nos faz atirar o prato contra a parede e gritar bem alto que não foi nada daquela merda que pedimos. Mas foi. Ninguém tem a culpa que a sua essência seja diferente da que desejávamos.

Então, olhamos para o prato e pensamos. Pensamos. Pensamos. E chegamos à conclusão que talvez nunca mais possamos ter a oportunidade de comer aquele prato daquele restaurante. E ficamos ali. A brincar com a comida. A fazer de conta que gostamos e a fazer um esforço para mostrar uma cara de satisfação quando o que nos apetece mesmo é sair porta fora e nem a conta pagar.
 
E ai fica o dilema: esquecer que aquele prato não mais será confeccionado ou enganarmo-nos a nós mesmos e obrigarmo-nos a acreditar que a segunda opção é tão boa quanto a primeira.
 
Fica ao critério de cada um.

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