terça-feira, 25 de junho de 2013

Yes, You Can!

Estava aqui a fazer tempo para sair de casa e dei comigo a sorrir. Agora eu sorrio pela manhã. [Sorriso]

terça-feira, 18 de junho de 2013

Interrogação. Confissão. Sei Lá.

Páro. Agora páro. Não quero parar. Se parar vou pensar. Se pensar entro em pânico. Sabes como sou quando estou em pânico e eu estou. O meu pânico é tal que ainda não me voltou a fome. O meu peito está apertado e eu, sabes como sou teimosa, eu não quero pensar. Ainda sinto os cheiros, ainda sinto o cheiro do teu corpo quando chegaste, quando nos abraçámos, ainda sinto o cheiro da tua pele, do teu corpo, até do teu abraço e do teu beijo. Sinto-os todos. Estou agoniada, algo está  preso na minha garganta, nos meus olhos. Sei lá! Não sei dizer... não sei explicar. Sabes como sou com as palavras, sabes que por vezes me ficam entaladas entre o pensamento e a boca. E eu perco o momento, o momento certo de tas dizer. Ficam por dizer... e agora penso nelas todas e em como sou estúpida em não tas dizer e agora fico aqui, sozinha, no meu canto, a remoê-las todas. As que te disse, mas acima de tudo as que não consegui dizer-te.

Vinha decidida em concentrar-me e passar a noite a estudar aqueles caracteres todos que, tu sabes, me dão cabo da paciência desde o primeiro dia em que constatei que vai demorar, demorar a sabê-los juntar todos, saber o seu significado e poder falá-los como a Fahtima. Vinha tão decidida em ocupar a minha cabeça com tudo, menos contigo. Não consigo, simplesmente não consigo.

Não consigo deixar de pensar em ti, em mim, em nós. Em como tudo surgiu por um acaso, um acaso que veio quando eu menos esperava, quando toda a minha vida precisava ser definida, individualmente, sem mais poder sentir que, num dos pratos da minha balança de decisões, poderia voltar a pesar outra pessoa. E não, não deveria. Não era suposto ser assim, não era suposto acontecer este acaso. Acima de tudo, não era suposto fazeres-me sentir o que fazes. Não era suposto fazeres-me sorrir desta maneira. Não era suposto fazeres-me esquecer tudo o que passei, não era sequer suposto saires do saco onde teimava deixar-te, donde queria que nunca saísses. Seria tão mais fácil eu afastar-te de mim. Seria tão mais fácil eu condenar-te e não te dar a mínima chance de me provares que estava a ser injusta e me deixares, como sempre acho que tenho, ter razão.

Mas não. Foste tu. Somente tu. E em sendo tu, cativaste-me, continuas a cativar-me a cada dia. Sem esforço. Despes-me. Deixas-me desarmada, aniquilas este estúpido mau feitio que te disse ter, e que tu sabes que tenho. Agora também o sabes. Já me sabes tanto. Mais do que alguma vez quis revelar-te. Se o soubesse naquele dia, jamais o teria aceite. Jamais nos daria essa oportunidade. Ainda bem que o não soube.... mesmo.

Pânico. De novo. Penso. De novo. Tenho tanto para pensar. Tanto. Não sei em que pense primeiro. Se pense no beijo da chegada, ou no abraço da despedida. Aquela despedida em que quis ser tão mas tão forte. Em que mal te olhei nos olhos. Eu não podia olhar-te nos olhos. Eu não queria que tu conseguisses ver. Ainda me custa mostrar-te este meu lado frágil. Eu nunca era frágil, eu era sempre forte. Podia estar de rastos, e ainda assim eu não vergava. E agora, sinto-me o oposto, ajudas-me a levantar, sinto que a tua mão estará sempre aqui para o fazer... e eu cedo-te. Deixo-me ir, deixo-te cobrires-me de beijos e mimos e abraços e mais beijos e mais abraços e mais mimos. Porra, é bom! É muito bom não ter de mostrar-me sempre inabalável... de sentir-me segura no teu abraço, nas tuas palavras, nos teus actos. Não ter que medir as minhas palavras, não ter medo de dizer os meus disparates e poder ser eu. Ser cada vez mais eu.

Ainda continuo a interrogar-me. Como é possível. Como aconteceu isto. Sei lá. Apenas sei que aconteceu. Que sem dar conta estamos na vida um do outro. De uma forma que assusta. Mais uma vez, estou assustada. Agora eu ando sempre assustada. Que merda. Eu nunca me assustava. Agora, dou comigo a pensar nos beijos intermináveis, em como tudo se encaixa, as nossas personalidades, as nossas conversas, os nossos gostos, os nossos ideais, os nossos abraços, as nossas bocas, os nossos corpos. Isto está a custar, mais do que eu pensei que viesse a custar, mais ainda do que me custou hoje não sentir os teus lábios por inteiro. Bom que não desperdiçámos nenhum beijo, nem um ficou por dar até hoje. Foram tantos, não foram? Foram mais que tantos. E ainda assim, a ausência deles hoje... foi um crime. Para ambos.

Sabes que gosto de ti. Tenho medo de dizer-te que gosto mesmo muito de ti. Ainda tenho medo de dar-me. Não consigo evitá-lo. Ainda travo demasiado, sei-o tanto. Mas estamos no bom caminho, ambos sabemos que estamos. És especial. Muito especial. Tens todo o meu respeito, a minha admiração, o meu fascício, o meu desejo. Só tu. Mereces. Cativaste-me. Deste-te-me [sorrio-te agora] e eu quero dar-me-te [sorrio-te de novo].

Saudade. Eu disse-te que era cedo para sentir saudade. Menti-te. Ou, sem o saber, quis acreditar que era cedo. E agora, agora eu sinto saudade. Eu já sinto saudade. Saudade de me sufocares com os teus mimos. Saudade de me apertares nos teus braços. Saudade de me beijares constantemente as bochechas. De sentir as tuas mãos nas minhas pernas por debaixo da mesa. Do entrelaçar das nossas mãos. Porra tudo começou com o entrelaçar das nossas mãos. Saudades de te morder, me esquecer da força com que o fazia, tal era o desejo que me fazias crescer. Saudade de me sussurrares ao ouvido, saudades de te morder o ouvido. Saudades da tua pele macia e das tuas mãos em mim. Saudades do teu sorriso e dos teus olhos quando tentas, repito: tentas, manipular-me. Eu sei, confesso, tu também consegues. Consegues fazer-me ceder-te. Sabe-lo tão bem. Já conheces tão bem as minhas reacções. Mas ainda tenho mais saudades.  Saudades de dizer disparates e de deixar-te confuso, sem saberes se o que te digo é ou não a sério. Saudades de estar deitada no teu peito, saudades de me colocares o cabelo atrás das orelhas e me beijares a face, saudades de me dizeres aquelas palavras cujos créditos já gastaste todos numa só hora. Sabes, aquelas palavras que me deixam sem jeito, que me fazem ficar em silêncio com aquele ar envergonhado e meio estúpido.

Gosto de ti. Gosto quando queres saber de mim, do meu dia, do meu curso e do porquê de aquelas letras terem aqueles tracinhos e pontinhos a vermelho [sorrio-te]. Gosto da tua capacidade de me fazeres sorrir pela manhã. Gosto de quando me deixas manipular-te daquele jeito que só eu sei e só tu deixas. Gosto de sentir-te perto, ainda mais perto, colado, em mim. Gosto de pensar que tudo isto que nos une a cada dia, é sincero, verdadeiro, puro. Gosto de pensar que tu és assim, como te mostras para mim e me fazes mostrar-me cada vez mais. Gosto que tentes entender os meus motivos, que os entendas de facto, que os respeites e que me dês o tempo que te peço. Eu chegarei lá. Nós chegaremos lá. Gosto de pensar que sim, que chegaremos lá. Gosto que me faças sentir uma princesa. Porque fazes, tu sabes tão bem fazê-lo e deixar-me tão mimada. E eu deixo-te. Nem sei como te deixo fazer estas coisas que um dia disse não serem para mim, não fazerem parte da minha forma de ser e estar. Como uma pessoa consegue mudar alguns dos nossos conceitos sem que nos apercebamos disso e, ao apercebermo-nos, vemos como estávamos errados, como é bom ser o alvo do carinho e atenção de alguém. Não sabia que podia ser assim... tão bom.

Acho que ainda há aqui mais uns pensamentos soltos... mas por hoje é isto. Acho que já disse o que queria dizer. Já pensei o que queria pensar e já o disse. Sei que deveria tê-lo feito contigo. Mas ainda não estou nesse ponto. Mas também já estive muito mais longe de lá chegar. Baby steps.


[Hoje, tal como nos três últimos dias, adormeço com um sorriso... só para ti.]